A RELIGIÃO INDUSTRIAL [1]

 
As grandes organizações também cultivam uma fé:
Algumas empresas são muito religiosas. Organi­zam sessões de “revitalização da fé”, onde hinos e cânticos solenes são cantados, para a glória da companhia e seus produtos, e onde os vendedores são encorajados a prestar testemunhos pessoais dos motivos de sua fé. Há sermões do pregador (o chefe mais antigo) e ataques ao diabo (o concor­rente mais forte). Há também uma infinidade de práticas religiosas e formas de obediência religiosa dentro das organizações modernas, a saber:
ð batismos: como almoços oferecidos ao novo empre­gado da seção;
ð funerais: como jantares de despe­dida, com discursos e sermões aos que se desli­gam ou se aposentam;
ð missas regulares: como re­uniões departamentais ou regionais, com sermões do gerente, reafirmando pontos de fé ou doutrina sempre que surgem sinais de divergência ou lassi­dão;
ð comunhões: como reuniões de chefes, onde fatos confidenciais são divulgados entre os crisma­dos e mantidos em segredo para o resto da congre­gação;
ð sessões ecumênicas: como reuniões dos chefes e líderes das áreas da organização;
ð e a re­compensa do além: a religião industrial também tem o seu além, com a diferença de que surge aos 65 anos, e não após a morte, a Promessa é a de uma aposentadoria confortável e razoável: a amea­ça (inferno) é o asilo de velhos.

[1] Extraído e adaptado por Elderson Luciano Mezzomo de CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração:  uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 7ª. Ed. Totalmente revisada. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. 6ª. Reimpressão. Página 312

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