FINANÇAS: PLANEJAMENTO E CONTROLE

Introdução
Quem nunca teve problemas financeiros? Quem nunca passou “aperto” por falta de dinheiro? Quem nunca se preocupou em ganhar dinheiro, pagar dívidas, comprar alguma coisa a mais? Se você puder responder: "Eu", parabéns! Esses são problemas antigos, pois o ser humano insiste, muitas vezes, em dirigir a sua vida baseando-se em falsos valores e não nos valores de Deus. Há muito tempo a área   financeira tem provocado inúmeros problemas:
• distanciamento no relacionamento conjugal;
• insegurança familiar;
• irritação, tensão, saúde afetada;
mau testemunho diante da sociedade, etc.
                 Isto se agrava mais em nossos dias, marcados pelo consumismo, pelo materialismo, pelo viver na moda, pela procura de “status”, ou seja: uma vida apoiada sobre falsos valores. Que os princípios que vamos estudar hoje nos orientem na manutenção ou recuperação de uma vida financeira equilibrada.

I-O PRINCÍPIO DA HONRA A DEUS (Pv 3:9,10)

Certamente, o equilíbrio e a bênção na vida financeira começam pelo conhecimento de quem Deus é. Honramos alguém quando tratamos  essa pessoa conforme as expectativas dela, fazendo o que ela deseja, como ela quer. A forma como empregamos nosso dinheiro também demonstra a realidade de nosso amor por Deus. Devemos honrar a Deus com aquilo que produzimos, com integridade — “Dai César o que é de César e a Deus o que é de Deus” — e com alegria e gratidão.

II- O PRINCÍPIO DA DEDICAÇÃO NO TRABALHO
Há um ditado popular que diz: “O trabalho enobrece o homem”.
Certamente, isto exclui atividades ilícitas como tráfico de drogas, prostituição, etc. (Pv 12:12). A maneira bíblica de termos o nosso sustento é trabalhando dignamente (2 Ts 3:10-12).
Há duas atitudes em relação ao trabalho (Pv 6:6-11; 12:27):
1. Diligência (Pv 6:6-8)
Este texto nos fala ainda        de inteligência, integridade e iniciativa. Estas são as atitudes que Deus valoriza e quer quer ver reproduzidas em nosso caráter.
As vantagens:
a.         Crescimento na carreira profissional, com promoções a cargos melhores (Pv 12:24).
b.         Uma pessoa aplicada no seu trabalho, que não vive de sonhos e desejos distantes, alcança satisfação dos seus anseios (Pv 13:4).

2. Preguiça (Pv 6:9-11; 26:13-16 28:19)
Encontramos algumas pessoas com tanta indisposição que nos fazem lembrar aquele  personagem de desenho animado resmungando: “Ó dia, ó vida, ó azar...”. Vivem dando  desculpas absurdas (um leão no caminho), não se esforçam (o máximo que fazem é virar-se na cama), e não têm iniciativas (esperam que coloquem comida na sua boca).
As conseqüências:
a.         Para si próprio: passa fome (Pv 19:15), sofre a vontade de ter sem nunca conseguir (Pv 13:4; 21:25), perde o que tem (Pv 10:4; 20:13), está sujeito a trabalhos menos recompensados e que exigem maior esforço físico (Pv 12:24).
b. Para os outros: quem trabalha com o preguiçoso não o suporta, nem mesmo a sua família (Pv 1 0:1 3. 26; 10:5).

III- O PRINCÍPIO DA INTEGRIDADE E DA HONESTIDADE (Pv 6:7; 28:6)

Dizem que o autor de Sherlock Holmes, certa ocasião, escreveu um bilhete para oito de seus amigos, e era só uma brincadeira. O bilhete dizia: “Tudo foi descoberto. Fuja rapidamente”. Em menos de vinte e quatro horas, seis deles haviam fugido do país. Se você recebesse um bilhete como esse no seu trabalho, o que faria?
É possível encontrarmos pessoas dispostas a sacrificar coisas importantes como consciência limpa e o bom nome, colocando-se numa condição suspeita e de risco, Isto acontece porque possuem uma perspectiva errada dos valores de Deus (Pv 11:1; 16:11). Alguns fazem uma paráfrase e dizem: “Fé, fé, negócios à parte.” Esta dualidade não é admissível na vida cristã.
Alguém pode contra-argumentar: “Você não conhece a realidade do nosso país... Não sabe quanto é cobrado de imposto... Nem como administrar um trabalha-dor... Não dá para agir como a Bíblia fala”. Creia que o Deus a quem servimos é verdadeiro, poderoso, e que vale a pena viver dentro da Sua vontade (leia Pv 11:18).

IV - O PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO (Pv 21:17; 23:20,21)
É possível que você esteja entre aqueles que nos últimos dois anos continuam ganhando quase a mesma coisa, e, se tudo subiu de preço, você não pode ter o mesmo padrão de vida. É preciso adaptar-se aos novos tempos rapidamente. Disponha-se a “apertar o cinto” e a:
1. Confiar na provisão de Deus para aquilo que é básico (Pv 10:3; Mt 6:25)
2. Contentar-se com o que Deus lhe dá (Pv 30:7-9; Fp 4:11,12; 1 Tm 6:7,8)
Caso você não observe isso, correrá o risco de transgredir o próximo princípio.

V - O PRINCÍPIO DO NÃO ÀS DÍVIDAS (Pv22:7)
O mercado produz, e passa a tenta convencê-lo: “Você tem de comprar. Faça em 12 vezes sem juros.” Alguns recebem uma carta dizendo que são clientes preferenciais. E, pior, acreditam ­mesmo serem preferenciais. É ordem do Senhor não devermos cousa alguma a ninguém, exceto o amor (Rm 13:8). As dívidas desgastam nossas emoções, nosso tempo, nossa família, nossa vida espiritual (cf. 2 Rs 4:1-7). Por isso:
1. Evite financiamentos e empréstimos, especialmente para bens de consumo (Pv 1 8:9)
Hoje, se você financia um bem em 12 vezes você paga em média 70% mais do que ele vale. Em outras palavras, está jogando dinheiro fora. Os financiamentos para compra de móvel e de bens duráveis devem ser analisados criteriosamente e submetidos a Deus, em oração.
2.   Evite cartões de crédito
Um pastor batista, Vernie Russel Jr., de Norfolk (EUA), disse que o cristão pode servir ao Master (Senhor) ao Mastercard ao mesmo tempo. Cuidado com os seus cartões de crédito (ou de dívida?). Se você não consegue conviver bem com eles, melhor não tê-los.

VI-O PRINCÍPIO DO PLANEJAMENTO (Pv 21:5; I..c 14:28-30)
Se você não planejar o uso do seu dinheiro, e gastar conforme seus impulsos, terá problemas. Se estiver endividado, sair dessa situação começa com um bom planejamento. Em seguida, coloque-se diante do Senhor com o propósito de não contrair mais dívidas e ore por isso. Se necessário, are ajuda do seu pastor ou de sua liderança na execução do seu planejamento.

VII O PRINCÍPIO DO QUE É NECESSÁRIO
Antes de comprar, faça algumas perguntas a si mesmo.
    Eu realmente necessito do que estão me oferecendo?
    O uso justifica a compra?
    Tenho condições de pagar?
    Como esse bem me ajuda a cumprir os propósitos de Deus para a minha vida?
    Se eu não comprar, o propósito dEle estará prejudicado?
Não ame e nem valorize as coisas que lhe são oferecidas como necessárias para que você tenha apenas prazer e conforto.
Discuta a frase: consumir de propósito ou consumir com propósito?

VIII - O PRINCÍPIO DA POUPANÇA E DO INVESTIMENTO
1.   Visando tempos difíceis (Pv 30:25)
2. Para ter o que dar não somente aos seus filhos, mas também aos seus netos (13:22; 19:14). Todavia, não guarde mais do que deve, pois...
3.    Deus nos administrará a Sua graça com generosidade, à medida que formos generosos (Pv 19:17; 22:9; 28:27; Lc 6:38). Isso não significa distribuir dinheiro indiscriminadamente para qualquer um que pede, mas “o justo se informa da causa dos pobres...” (Pv 29:7).

CONCLUSÃO
David Livingstone afirmou: “Não darei valor a qualquer coisa que possua, a não ser à luz do relacionamento com o reino de Deus. Utilizarei tudo o que possuir para promover a glória daquele quem devo toda a minha esperança no tempo e na eternidade”.
Que o Espírito Santo nos oriente pelo labirinto confuso e caótico do nosso mundo, usando a bússola do livro de Provérbios.
Aplicações práticas:
   Faça uma avaliação da sua situação financeira hoje.
   Verifique como você está ganhando e gastando os seus recursos.
Elabore um orçamento mesmo que seja bem simples.

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